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Importação via trading pode reduzir custos e simplificar a operação — mas também exige atenção jurídica e tributária

Empresas que importam produtos ou insumos frequentemente buscam alternativas para reduzir custos, burocracia e tributos. É nesse contexto que entra a figura das trading companies.

Elas atuam como intermediárias especializadas, realizando importações em nome próprio e revendendo os produtos para a empresa contratante. A prática é comum e legal, mas envolve riscos importantes quando mal planejada.


📦 O que são trading companies?

São empresas habilitadas a operar no comércio exterior, podendo importar e exportar mercadorias em nome próprio, inclusive para terceiros que não possuem estrutura ou habilitação no SISCOMEX.

Para startups, e-commerces e indústrias que desejam importar mas não têm estrutura fiscal, aduaneira ou logística para tanto, a trading representa uma solução ágil e viável.


📈 Quais as vantagens?

Redução da carga tributária em alguns estados, por meio de benefícios fiscais regionais (ex.: ICMS em SC ou SP)
Maior eficiência logística, com operação concentrada na trading
Evita a burocracia da habilitação no RADAR/SISCOMEX
Simplifica o processo de importação, com emissão de nota fiscal nacional


⚠️ Quais os riscos?

Autuação fiscal por simulação de operação — se a operação for considerada apenas um “despacho disfarçado”, pode haver glosa de créditos, cobrança de tributos e multas.

Desenquadramento do Simples Nacional — caso a receita da importação pela trading seja atribuída à empresa contratante sem planejamento adequado

Problemas de responsabilização solidária — se houver omissão de vínculo comercial ou documentação inconsistente

Risco de bitributação, especialmente quanto ao ICMS e PIS/COFINS, se os documentos fiscais forem mal emitidos ou o contrato mal redigido


🧾 Como se proteger?

Um planejamento correto da operação deve considerar:

🔹 Contrato entre a trading e a empresa compradora, delimitando responsabilidades, margens e riscos
🔹 Análise tributária e aduaneira prévia sobre alíquota efetiva de cada operação
🔹 Emissão correta das notas fiscais de importação e revenda
🔹 Verificação do benefício fiscal estadual e seus requisitos
🔹 Estudo sobre a viabilidade de habilitação direta (RADAR) a médio prazo


📣 Conclusão

A importação via trading pode ser uma excelente estratégia de escala e economia tributária, mas precisa ser feita com suporte jurídico e fiscal especializado.

A escolha errada ou a falta de planejamento pode transformar economia em passivo fiscal e insegurança jurídica.

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Dr. Hyan Smões Alves | Advogado Tributarista

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